domingo, 13 de maio de 2012

Dia das Mães: O Desafio de Amar



O dia das mães é uma das datas mais emblemáticas do ano. O comercio agradece as inúmeras manifestações do amor na forma de profusos presentes. Velhas canções que não são mais executadas em nenhuma emissora de Rádio voltam a ser um sucesso, mesmo que por uma ou duas semanas. As mensagens melódicas e carregadas de frases de efeitos (repetidas por décadas) ganham a mídia e sacode um sentimentalismo consumista capaz de nos fazer torrar o limite do cartão para “não passar em branco com a mamãe”.

Uma característica desagradável da publicidade em torno do Dia das Mães é a imagem paradigmática de uma “rainha do lar”, que na verdade, mais se aproxima de uma escrava doméstica, que além de todas as enormes tarefas e funções familiares, lhe cai a maldição social de não poder sentir desejos que possam ir além fronteiras do “lar”.
Você nunca viu aquelas pedantes campanhas em que o presente perfeito da mamãe é um tanque de lavar roupa? Ou um liquidificador? Ou uma geladeira? Essas coisas são benefícios para toda a família e toda família deve, independente de datas, se esforçarem para adquirir-los por causa de sua utilidade comum a todos da casa, e não porque representa o ego satisfeito da mamãe.
A mamãe continua sendo uma mulher.
Mulher que sonha.
Mulher que deseja.
Mulher que necessita ter uma auto-estima de bem consigo mesma.
Mulher que carece ser amada, desejada, querida...
Que tal nesse ano comprar um vestido novo pra mamãe? Um perfume que faça despertar sentimentos e carinhos? Um presente que a faça sorrir e reviver inesquecíveis momentos de sua vida? Um presente pra mamãe-mulher, pra mulher-mamãe.
Que tal?
Que tal você presente sendo o presente da sua mãe?
Não como uma visita anual, ou que veio apenas para o tradicional almoço que sempre acontece por esse tempo. Mas como alguém que precisa dos afetos e eternos abraços incomparáveis de uma mãe, ou aquele filho que não despreza, por mínimo que seja os conselhos e o amor de uma mãe.
Já pensou nisso?
Em sermos capazes de vencermos essas manias neuro-consumistas que nos transformam em pessoas ocas de sentido e sem razão espiritual de ser, e faz do mundo e do meio em que nossos relacionamentos existenciais acontecem, um lugar que supervaloriza o que deve ser usado e desvaloriza o que deve ser amado?
Que tal vencermos nossas expectativas comerciais e nossas barganhas emocionais, nossas chantagens afetivas e transformamos esse dia num dia sem igual, inesquecível, porque não bloquearemos as nossas sedes de abraços, afagos, e nossa fome de amor genuíno e verdadeiro capaz de arrebatar o nosso coração em brasa e inundar de brilho intenso o nosso olhar?
Que tal?!?!
Façamos desse dia, o “Dia das Mães”, um dia único, e mesmo sendo único, seja repetidamente único, diariamente único, várias vezes único, todo dia único. Pois só temos o hoje para amar, não desperdicemos a oportunidade.
Afinal de contas, é por não sabermos apreciar a paisagem do momento, das pequenas coisas e dos pequenos afagos que fazem a vida valer a pena, é que estamos atolados nessa neurótica e enfadonha era pós-moderna. E como conseqüência concreta dessa nossa falta de percepção das melhores coisas é que mães choram esquecidas, maltratadas, abandonadas, abarrotadas de presentes que vieram desacompanhados dos sentimentos necessários para fazer o dia valer.
Apesar de todas as histórias pavorosas que tem nos perseguido nos noticiários, histórias sobre mães que abnegaram e renegaram o ser mãe, e cometeram torpezas inomináveis. Não deixemos que essas monstruosidades destruam ou manchem aquela cujo amor a Bíblia compare, somente, com o amor de Deus, a saber, as mães!
Se os homens pudessem experimentar como é amar, assim como ama uma mãe, talvez não resolvêssemos todos os problemas do mundo, mas, com toda a certeza ele seria bem melhor.
Que Deus abençoe todas as mamães, e que sejamos capazes de transformar todos os dias em dia das mães.

N'Ele, o único que tem o amor maior que o de mãe.

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